quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ajuda

Uma ajuda para organizar meus pensamentos, juntar minhas emoções, saber o que é real. Uma palavra de orientação, uma mão de apoio ou simplesmente uma compreensão. O nó na garganta remexe de acordo com o redemoinho de idéias, decisões, luzes que piscam tentando num esforço acender aquilo que for preciso.

Um desafabo, como se eu precisasse vomitar tudo aquilo que me engancha no estomago. Tudo aquilo que me sufoca o peito. Mesmo com a certeza, mudanças não são nada fáceis. Eles tendem a enroscar no passado. Como se um anzol sempre ali restasse nos prendendo aos sorrisos, às lembranças, à saudade. Mesmo que tudo já não tivesse o mesmo valor.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que a gente faz com o resto?

Lama no chão. Galhos largados. Lágrimas obrigatoriamente presas. Parece que só sobraram os restos. Nos restos é difícil achar respostas; é difícil encontrar até mesmo solução para sair do resto. Com tudo mais escasso, um pedaço de esperança fica raro. Um suspiro pro começo é cada vez mais batalhador.

Parece que a gente já entendeu o recado que nos deixou lá. Só com um punhado de coisas na mão. Mas algo insiste em sempre nos deixar um pouquinho mais fundo. Algo insiste em nos fazer fechar os olhos nem que seja por cinco minutos mais pra pensar em alguma outra tática “superelaborada” para sair dali. Tática que não vai durar nem os cinco minutos de pensamento, sendo atropelada por uma enxurrada de coisas que terminam mais um pouco com as finalidades que já tínhamos construindo.

Quando a chuva chega, não tem jeito. Não há guarda-chuva que agüente se você não está disposto a fica embaixo ou portão que segure, se a enxurrada resolver bater. Só nos resta pensar mais uma vez com os restos na mão.

Sei que pode parecer meio confusa esta mistureba de chuva, sentimentos, restos ou decepção. Um misto de metáforas mal resolvidas pra me gerar alguns minutos de desabafo. Pra ver se consigo respirar melhor, tirar esta água do peito. Dessa chuva abarrotada de restos que querem virar um inteiro. Mas não há como criar um inteiro novo com restos. Eles não colam mais.