quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O que a gente faz com o resto?

Lama no chão. Galhos largados. Lágrimas obrigatoriamente presas. Parece que só sobraram os restos. Nos restos é difícil achar respostas; é difícil encontrar até mesmo solução para sair do resto. Com tudo mais escasso, um pedaço de esperança fica raro. Um suspiro pro começo é cada vez mais batalhador.

Parece que a gente já entendeu o recado que nos deixou lá. Só com um punhado de coisas na mão. Mas algo insiste em sempre nos deixar um pouquinho mais fundo. Algo insiste em nos fazer fechar os olhos nem que seja por cinco minutos mais pra pensar em alguma outra tática “superelaborada” para sair dali. Tática que não vai durar nem os cinco minutos de pensamento, sendo atropelada por uma enxurrada de coisas que terminam mais um pouco com as finalidades que já tínhamos construindo.

Quando a chuva chega, não tem jeito. Não há guarda-chuva que agüente se você não está disposto a fica embaixo ou portão que segure, se a enxurrada resolver bater. Só nos resta pensar mais uma vez com os restos na mão.

Sei que pode parecer meio confusa esta mistureba de chuva, sentimentos, restos ou decepção. Um misto de metáforas mal resolvidas pra me gerar alguns minutos de desabafo. Pra ver se consigo respirar melhor, tirar esta água do peito. Dessa chuva abarrotada de restos que querem virar um inteiro. Mas não há como criar um inteiro novo com restos. Eles não colam mais.

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